Confesso que não nutro qualquer espécie de simpatia por aquele senhor que dá pelo nome de Carlos Castro e também nunca fui apologista dessa infeliz tese, que as pessoas depois de mortas, são todas boas. Apesar desta minha falta de simpatia pela figura, custa-me a compreender porque motivo as pessoas andam a encher caixas de comentários e a manifestar-se na rua, a defender um psicopata que para bem de toda a sociedade, deve estar é metido numa prisão ou num hospital psiquiátrico.
Não estou a ver o Carlos com cabedal para obrigar ninguém a nada. Se cada mulher que é enganada por falsas promessas, tivesse legitimidade moral (e legal) para arrancar os bens alheios ao homem que a enganou, provavelmente haveriam muitos homens em défice.
A realidade é que vivemos numa sociedade de faz-de-conta, se em vez de um Carlos Castro estivesse um qualquer garanhão heterossexual, mesmo que tivesse mais 40 anos do que a parceira, toda uma sociedade estaria contra a demoníaca mulher.
Por outro lado, o Renato representa na minha opinião, muito do que está mal na nossa juventude. O querer subir a qualquer custo, a necessidade de querer aparecer e ser famoso, o uso excessivo do corpo em prole do intelecto, etc.
Um ser humano morreu e foi barbaramente assassinado, mesmo não simpatizando com ele, nunca me fez mal nenhum, não merece o meu ódio.
Gonçalo Gomes
Gonçalo Gomes
A Prisão do Farol 